Há cerca de duas décadas, os moradores e, principalmente, os donos de hotéis de Angra dos Reis (RJ) têm reivindicado a ampliação do aeroporto da cidade para melhorar o acesso dos turistas. O pedido, enfim, será atendido, afirmou à Folha de S.Paulo Delmo Pinho, subsecretário estadual de Transporte do Rio. De acordo com ele, as obras começam neste ano depois de uma licitação e serão concluídas em 2019. O investimento, a cargo do governo federal, é de R$ 31 milhões. A pista, que tem atualmente 917 m, alcançará 1.200 m, o que vai exigir, entre outras medidas, a construção de um aterro de 100 m sobre o mar. Para efeito de comparação, a pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tem 1.940 m, e a do Santos Dumont, no Rio, 1.323 m. Ampliado, o aeroporto de Angra se tornará apto para receber aviões com até 50 lugares. Hoje, prevalecem aeronaves com, no máximo, 12. O local já recebe voos regionais regulares nos finais de semana, mas eles não atendem a demanda de turistas em razão da baixa capacidade dos aviões. O subsecretário acredita que a reforma atrairá empresas proprietárias de aeronaves maiores, interessadas em promover voos regulares para as cidades de São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Para João Willy, presidente da TurisAngra (Fundação de Turismo de Angra dos Reis), o equivalente à secretaria municipal do setor, a ampliação da pista vai melhorar o acesso dos turistas à cidade, tornando-a menos dependente da via terrestre. “A rodovia Rio-Santos é sinuosa, complicada”, diz Willy. “Falta sinalização.” Segundo o presidente da TurisAngra, os engarrafamentos no trecho da Rio-Santos entre Itacuruçá, distrito de Mangaratiba, e Angra se estendem por até três horas durante a alta temporada. ESTAÇÃO METEOROLÓGICA O projeto em Angra também inclui a construção de um terminal de passageiros, com 600 m², e de um estacionamento, com cerca de 50 vagas para carros. Segundo Pinho, serão instalados ainda novos equipamentos de proteção aos voos. O principal deles é a estação meteorológica de superfície automática, que permitirá acompanhamento mais minucioso dos fenômenos atmosféricos. Só a estação custará R$ 2 milhões. A área pertence à União, mas é administrada, sob regime de concessão, pela empresa Angra Aeroportos. OUTRAS PISTAS Hoje, entre as cidades do trecho fluminense da Costa Verde, a pista mais extensa é de propriedade particular. Com 1.200 m, ela fica no condomínio Portobello, em Mangaratiba, onde os jogadores Neymar e Emerson Sheik têm mansões. Seu uso é bastante restrito, portanto. Já o aeroporto de Paraty, administrado pela prefeitura, é ainda mais modesto que o de Angra. Tem apenas 700 m e não pode ser ampliado devido à existência de residência nas proximidades. Segundo Delmo Pinho, os aeroportos de outras duas cidades do Estado também passarão por reformas. Mas os valores ficam bastante aquém do destinado a Angra. Resende recebeu R$ 7 milhões, e Itaperuna, R$ 3 milhões.

Fonte: Bem Paraná, Brasil

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