Os desafios da mobilidade no Brasil, principalmente das grandes cidades, deveriam ser umas das preocupações do próximo Presidente da República. Com isso em mente, o Garagem360 analisou as propostas dos cinco principais candidatos (de acordo com seus planos oficiais de governo) para entender como o possível próximo chefe da nação encara o problema.

Foram considerados os planos dos candidatos Ciro Gomes (PDT), Cabo Daciolo (Patriota), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Hadadd (PT) e Marina Silva (REDE) – atualmente os únicos que tem, por meio de seus partidos, pelo menos cinco representantes no congresso nacional.

Cabo Daciolo

O candidato pretende investir em manutenção e pavimentar 100% das rodovias federais. Além disso, ele quer trabalhar para pavimentar as vias estaduais e municipais em articulação com os governos locais.

Cabo Daciolo defende que a ampliação de hidrovias e ferrovias é essencial para desafaogar a malha rodoviária e estimular o crescimento econômico do País. Uma das metas de seu governo é alcançar a marca de 150 mil quilômetros de vias férreas – atualmente, o país tem pouco mais de 28 mil.

Elevar o nível de segurança nas estradas também faz parte do plano de governo do candidato. Para alcançar esse objetivo, ele pretende integrar as políticas públicas de infraestrutura de transportes com as políticas de segurança pública estaduais, municipais e federais.

Jair Bolsonaro

O plano de governo do candidato defende a ampliação das malhas ferroviárias e rodoviárias que interligam as principais regiões do País. No caso dos transportes hidroviários, Bolsonaro afirma que é preciso modernizar os portos, reduzir custos e atrair investimentos. O objetivo é alcançar patamares similares aos da Coréia do Sul (porto de Busan), do Japão (porto de Yokohama) e de Taiwan (porto de Kaohsiung).

O político também defende a expansão e a modernização dos aeroportos brasileiros. Sua ideia é aumentar o modelo de participação privada, baseado no interesse público, para reduzir custos e aumentar a eficiência.

Guilherme Boulos

O candidato defende um sistema de transportes baseado em modais coletivos e sobre trilhos. Com isso, o País conseguiria superar a dependência do rodoviarismo e do petróleo, além de reverter a “cultura do automóvel” nas grandes cidades.

Boulos também defende um teto nacional de tarifas nos transportes públicos. Além disso, ele incentiva a popularização dos carros elétricos para diminuir a demanda de petróleo.

Geraldo Alckmin

O plano de governo de Geraldo Alckmin defende a construção de um Sistema Nacional de Segurança no Trânsito para fortalecer a colaboração entre os governos federal, estaduais e municipais. Uma das estratégias é aumentar a fiscalização por parte dos estados e municípios.

O candidato também pretende reforçar estratégias de policiamento nas rodovias federais para reduzir o número de acidentes. Além disso, ele quer padronizar os boletins de ocorrência relacionados a acidentes de trânsito, incluindo informações sobre morbimortalidade e deficiências geradas pelas situações, de acordo
com padrões e definições internacionais.

Criar e implementar medidas para proteger pedestres e ciclistas também faz parte dos planos do tucano.

Fernando Hadadd

A ideia de Fernando Hadadd é aprimorar a política de infraestrutura de transportes com base em três diretrizes. A primeira consiste em recuperar, modernizar e expandir o sistema de forma progressiva e racional.

O candidato também que expandir parcerias com o setor privado para ampliar a infraestrutura com modicidade tarifária. Além disso, Hadadd quer aperfeiçoar o aparato de gestão do Sistema Nacional de Transporte e construir um novo modelo para as Companhias de Docas, o setor aquaviário e a Infraero.

O plano de governo do PT defende a expansão e a modernização dos sistemas de transporte público. O partido que dar prioridade para os sistemas de alta e média capacidade, como trens, metrôs e corredores de ônibus. O aumento de ciclovias também faz parte do programa de governo.

Marina Silva

Uma das propostas de Marina Silva é promover o desenvolvimento de políticas de mobilidade urbana que estimulam a baixa emissão de poluentes e a produção de energia limpa. A candidata quer substituir os veículos movidos a combustíveis fósseis por modelos elétricos ou que usam biocombustíveis.

Marina também defende uma estratégia de negociação para ampliar o número de concessões nos diferentes modais de transporte. Isso inclui o amento de investimentos e a renegociação de contratos da malha ferroviária concedida.

Em relação aos aeroportos, ela pretende lançar pacotes de licitação que permitem o equilíbrio entre aeroportos lucrativos e deficitários. Finalizar a reestruturação da Infraero também é um de seus objetivos.

Fonte: Garagem 350.

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