A Vision-Box foi distinguida em 2014 na categoria de Serviços dos Prémios Exportação e Internacionalização.

A solução desenvolvida pela portuguesa Vision-Box para reduzir o tempo despendido no controlo dos passageiros já está implementada em mais de 80 aeroportos. Os próximos passos da tecnológica, que já tem escritórios em sete mercados, passam por reforçar a sua presença na Ásia e em África.

Por ano, 250 milhões de passageiros são controlados nos aeroportos por uma tecnologia 100% “made in” Portugal. Trata-se do sistema Seamless Gateway desenvolvido pela portuguesa Vision-Box. Esta solução permite o reconhecimento facial através de dados biométricos, contribuindo para a redução do tempo despendido pelos passageiros nos aeroportos durante os procedimentos de controle.

O voo da empresa de Carnaxide para outros mercados foi alavancado precisamente a partir deste conceito de aeroporto digital, que já está implementado em mais de 80 aeroportos. Aliás, as soluções da Vision-Box mais procuradas estão relacionados com sistemas “integrados de controle automatizado de fronteiras, gestão de fluxo de passageiros e de gestão de identidade eletrônica para o cidadão”, contou ao Negócios Miguel Leitmann, presidente executivo da tecnológica.

A exportação pesa cerca de 95% da facturação da empresa, que fechou 2015 com vendas de 35,6 milhões de euros. Um aumento de 34% face aos 26,6 milhões alcançados em 2014, ano em que venceu os Prémios Exportação e Internacionalização, na categoria de Serviços.

O segredo do sucesso

Para Miguel Leitmann, o sucesso que a Vision-Box está a ter no caminho da internacionalização deve-se aos “talentos” que a empresa tem captado. “Como em tudo na gestão de uma empresa, para exportar de forma sustentada é necessário, antes de tudo, apostar nas pessoas. Para isso, há que encontrar talento e criar condições ideais para esse talento florescer no seio da equipe Vision-Box”, sustentou. Aliás, “com uma equipe forte, todo o resto decorre naturalmente, alicerçando-nos numa visão partilhada por todos sobre onde queremos estar no mercado global”, acrescentou o presidente executivo da empresa.

Hoje, a tecnológica tem soluções em 150 países e está já sediada em sete mercados: Reino Unido, Países Baixos, Estados Unidos, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Austrália e Hong Kong. Mas os planos passam por continuar a expansão a mais mercados : “A Vision-Box pretende continuar a intensificar a sua presença, em particular na Ásia e em África”, detalhou o responsável.

Um caminho impulsionado também pelo galardão que a empresa recebeu em 2014. “O prémio teve um impacto positivo para a Vision-Box ao nível da notoriedade da empresa. O reconhecimento da Vision-Box como uma das empresas portuguesas de sucesso, conquistado através da exportação e da internacionalização, confirmou que se trata de uma empresa com grandes atractivos de carreira para a equipa Vision-Box, tanto a nível nacional como global, e permitiu-nos cativar jovens criativos e talentosos à procura de desafios à sua altura, com exposição internacional, num ambiente onde possam crescer e aprender constantemente”, comentou Miguel Leitmann.

Além de ter “orgulhado” toda a equipa da Vision-Box, o prémio “fortaleceu a coragem” da empresa “para enfrentar um mercado global, altamente competitivo e a ousadia de continuar a ultrapassar desafios, confrontando as gigantes multinacionais do sector”. E os contributos não ficaram por aqui: “Recompensou a nossa inteligência de mercado e a criatividade no desenvolvimento de soluções inovadoras que impactam positivamente o sector e fazem a diferença para os nossos clientes e para as pessoas um pouco por todo o mundo”, concluiu Miguel Leitmann.

Portugal na linha da frente

Portugal foi um dos primeiros países europeus a introduzir a tecnologia de controle automatizado de fronteiras desenvolvido pela Vision-Box, no seguimento da implementação do passaporte eletrônico. “O RAPID – Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente , lançado em 2007, foi o primeiro sistema de ABC (Automated Border Control) do mundo reconhecendo os passageiros através da sua biometria facial”, segundo as informações fornecidas pela empresa. A expansão desta solução “equipou o país com um elevado nível de segurança”, incluindo 100 “gates” em sete aeroportos em Portugal – entre os quais Madeira e Açores. Depois de a solução ter sido implementada e expandida gradualmente aos aeroportos nacionais, incluindo ao Humberto Delgado, a partir de 2016 foi aberta a um conjunto de mais nove países: Austrália, Brasil, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Singapura, Coreia do Sul, Estados Unidos e Venezuela.

Fonte: Negócios PT

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