O supersônico Boom promete voos a velocidade de 2,2 Mach.

Apesar de a aviação ter se transformado drasticamente nos últimos 50 anos, em geral as mudanças se restringiram muito mais à forma de se oferecer o produto do que nas aeronaves propriamente falando. As próximas cinco décadas prometem nova revolução, mas dessa vez as novidades devem chegar de vez às estruturas dos modelos e, com isso, na forma de se pensar a aviação comercial.

Fabricantes e agências aeroespaciais têm equipes qualificadas mergulhadas em projetos, pensando o futuro das aeronaves e, de uma forma mais ampla, nas sociedades em que esses aviões irão atuar. Dentre os diversos focos de trabalho, com três deles é possível imaginar a maneira que voaremos no futuro.

PROPULSÃO

A ambição por uma economia sustentável que respeite o meio ambiente não é novidade, ela já existe há anos e deverá se manter no topo de prioridades de governos e companhias. Na aviação (e em transportes de uma forma geral), a energia limpa com aplicação mais plausível no futuro é a propulsão elétrica.

Motores elétricos de pequeno porte serão capazes de tirar do chão aeronaves como o protótipo da Nasa X-57. Com custos mais baixos e menos ruidosos que os propulsores atuais, a tecnologia permitirá que as aeronaves operem muito mais próximas de onde as pessoas vivem e trabalham. Assim, há grandes chances de que táxis aéreos se tornem realidade.

VELOCIDADE

Na década de 1970, ultrapassar a velocidade do som com aeronaves comerciais parecia ser boa ideia. A era Concorde teve altos e baixos, mas terminou com a inviabilidade comercial do modelo – e ficou marcada por acidentes como o do Air France 4590, que voaria entre Paris e Nova York.

Projetos de aeronaves que operam em velocidades supersônicas ficaram na gaveta, mas são startups que trabalham atualmente para colocá-las de novo em prática. A Boom Supersonic, por exemplo, desenvolve um equipamento que voa a velocidades de 2,2 Mach com custos menores do que os do Concorde.

AUTOMAÇÃO
Uma aviação que faça viagens em menos tempo e que seja acessível a um público muito maior do que o atual irá demandar grande número de pilotos. A estimativa é de que, nos próximos 20 anos, sejam necessários 600mil deles – contra os 200 mil atualmente em ação. Atrair mais pessoas para a indústria é um desafio, mas a tecnologia pode ajudar com aeronaves que operem sem a presença humana em uma cabine.

Pensar em aviões totalmente automatizados talvez seja uma realidade um tanto quanto longínqua, para além dos próximos 50 anos. Ainda assim, a ideia de aeronaves que não exijam o mesmo material humano que os padrões atuais é real. Dentre especialistas, a aposta é que as aeronaves do futuro irão requerer apenas “pilotos de segurança”, presentes nos voos somente para episódios inesperados.

Fonte: CNN Travel.

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