Presidente da Rede VOA, Marcel Moure

O futuro dos 16 aeroportos paulistas administrados pela concessionária Rede VOA, planos para o segundo semestre de 2023, entre outros assuntos, foram tratados em entrevista exclusiva para o AEROIN com o presidente da Rede VOA, Marcel Moure, durante a inauguração do W Premium Lounge no aeroporto de Ribeirão Preto (SP).

Jundiaí e Campos dos Amarais como alternativas ao Campo de Marte e Congonhas e conceito ISG. Durante a conversa, Moure falou sobre o aeroporto de Jundiaí, e o Campos dos Amarais, em Campinas. Segundo ele “Jundiaí se tornou o principal aeroporto executivo do Brasil. Hoje nós estamos atingindo 50 mil movimentos de pouso e decolagem por ano.”

“Isso muito nos orgulha com voos por instrumento, com toda a estrutura necessária e que é uma grande alternativa para quem está chegando em São Paulo capital e, por questões diversas, o tempo ficou pior e não consegue chegar lá no Campo de Marte ou não consegue pousar em Congonhas por conta de problema de slots. Então Jundiaí tem se tornado realmente um centro de excelência nessa área“, declara Marcel.

“Com o aeroporto de Campo de Amarais, localizado na Rua São Paulo, nas margens da Rodovia Dom Pedro, ganhamos no ano passado o prêmio do terceiro melhor aeroporto no Brasil, categoria C1 para 200 mil passageiros-ano e a gente ficou muito feliz com isso em termos de sustentabilidade, em termos de governabilidade. Nós estamos com um projeto já iniciado do conceito ISG para esses principais aeroportos, Ribeirão Preto, Jundiaí, Sorocaba e Campinas“, afirma o presidente.

Aeroporto de Sorocaba “aos moldes de São Carlos“. Sobre o aeroporto de Sorocaba, onde se espera a internacionalização, Marcel afirmou que acredita que pode ser possível a realização demanda.

“Sorocaba, nós estamos com um processo de internacionalização bastante avançado. Nós estivemos com o secretário da Secretaria de Aviação Civil, Juliano Noman, há algumas semanas atrás e acreditamos ser possível finalizarmos as recomendações da Polícia Federal e a Receita Federal e outros elos migratórios até o final deste ano. Então eu acredito que Sorocaba vai se tornar um aeroporto internacional para manutenção aos moldes de São Carlos ainda este ano. E também estamos trabalhando junto com a Secretaria de Turismo do Estado, com o apoio do prefeito Manga, do secretário Lucena, para levarmos voos domésticos para o aeroporto de Sorocaba, que também é um grande anseio de toda aquela sociedade“, reitera.

Internacionalização do aeroporto de Ribeirão Preto. Na entrevista, o executivo falou sobre a internacionalização do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, um dos principais terminais administrados pela VOA, e a importância de um lounge vip, e a revitalização do terminal.

“Nós percebemos o quão importante são os aeroportos regionais e essa iniciativa de trazermos um grupo como eles (W Premium Group) para termos a primeira sala VIP de aeroportos regionais do estado e que certamente irá se multiplicar por muitos outros aeroportos. Ribeirão Preto precisa disso“, afirma Moure.

“Nós estamos adentrando, ainda nesse segundo semestre, na fase 2 de investimentos. Nós vamos começar as obras do Boulevard, da parte de mobilidade, vamos também melhorar a parte do desembarque aqui do aeroporto que está um pouco tímido ainda e trazer melhoria na parte operacional de entrada à pista, trazendo um corredor de conforto para o usuário. Isso tudo vai estar acontecendo ainda em 2023“, confirma o presidente da concessionária.

Sobre a internacionalização, Moure disse que acredita muito em movimentos conjuntos com os órgãos responsáveis pela aviação e aeroportos no Brasil: “E acreditamos que, com esses movimentos que estão em conjunto com o apoio da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com o apoio da SAC, do Governo Federal e todos os elos responsáveis pelos processos migratórios, acreditamos que o aeroporto de Ribeirão Preto, até o final de 2025, meados de 2026, estará consolidado para poder termos não apenas um aeroporto regional doméstico, mas um aeroporto internacional, que é o sonho, não apenas do município, mas de todo o entorno que suporta aqui a região de Ribeirão Preto. Então isso para nós, essa vinda hoje, ela é muito importante, ela traz essa parceria, porque não é somente o grupo VOA que está investindo, são as outras empresas vindo e acreditando“, finaliza o coronel aviador sobre o assunto.

Volta dos voos comerciais em Franca e Araraquara. Ambos localizados na região de Ribeirão Preto, os aeroportos de Franca e Araraquara são terminais os quais estão sendo “manchete” nos últimos meses nos jornais locais pela expectativa da volta de voos comerciais de linha nas cidades. Moure falou sobre os procedimentos que estão sendo realizados para a volta dos voos em ambos os aeroportos.

“No aeroporto de Franca, toda a parte de infraestrutura que era necessária para transformar a categoria do aeroporto para a categoria 3C para receber aeronave no padrão de um Boeing e de um Airbus foram feitas, nós já Instalamos toda a parte de navegação aérea, o PAPI, que é o sistema de aproximação visual de maior precisão, e nós já protocolamos tudo para homologação. Então, hoje, em que nível está Franca? Estamos aguardando apenas a homologação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) tanto do funcionamento da Rádio Franca, que já temos frequência, já temos tudo pronto, como também do PAPI, a homologação do PAPI, que se concretiza com o voo do grupo de inspeção em voo da Força Aérea Brasileira“, diz Marcel.

Ainda sobre o aeroporto de Franca, o presidente da VOA também falou sobre a previsão da volta dos voos comerciais no local.

“A Gol Linhas Aéreas já afirmou que vai voar em Franca com voos diários para a capital (cidade de São Paulo). Estamos trabalhando em conjunto para o mês de novembro ser o divisor de água desse processo. Obviamente, como é um processo, requer toda essa parte de homologação e certificação, mas acreditamos que até novembro, até o final deste ano, nós finalizamos tudo que precisava ser feito para que Franca possa ter voos comerciais da Gol“.

Já sobre o aeroporto Bartholomeu de Gusmão, em Araraquara, o caso é bem parecido, levando em conta que em ambos municípios só retomarão voos comerciais por conta de acordo entre o Governo do Estado de São Paulo e as companhias aéreas para a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do querosene de aviação.

“O aeroporto de Araraquara, também a exemplo de Franca, sofreu com a perda de voos. Ele era um pouco mais simples e já tinha tido voos comerciais no passado. Não precisava mudar a categoria de aeroporto, mas precisava reativar toda a parte da navegação aérea que foi danificada por raios, chuvas no final de 2021 para 2022 e nós já protocolamos também, instalamos tudo que estava previsto, então estamos só aguardando também o Departamento de Controle do Espaço Aéreo homologar a rádio Araraquara para poder funcionar. A instalação do PAPI começou e a Azul Linhas Aéreas, em função do acordo do governo do Estado já se comprometeu a levar os voos regionais lá para Araraquara (…)”.

Apesar de muita especulação pela imprensa local, os voos em Araraquara devem retornar em novembro: “acreditamos que até novembro deste ano estará com tudo terminado, com tudo homologado, pronto para recebimento dos voos“, conclui Moure sobre o terminal.

“A menina dos olhos”, declara Moure sobre o aeroporto de Marília. Com grande importância histórica, o aeroporto de Marília, palco da fundação e desenvolvimento da extinta TAM Linhas Aéreas, hoje esquecido, é a “menina dos olhos” dentre os aeroportos do interior de São Paulo, segundo Marcel Moure.

“O aeroporto de Marília que talvez seja a menina dos olhos desse momento. Por que? O terminal de Marília é complicado, com muitas restrições, pequeno, complexo para os voos, que tiveram que ser reduzidos e nós já estamos com o projeto praticamente finalizado. Devemos estar protocolando o projeto agora nos próximos dias, talvez até o final de agosto”, disse.

“Junto ao município nós vamos ampliar o terminal e muito provavelmente trazer também um conceito de boulevard, logicamente com proporções menores do que Ribeirão Preto pelo espaço e pelo tamanho do aeroporto. A Marília é um tipo de aeroporto em que há uma demanda muito maior do que a capacidade do terminal hoje. Se o terminal dobrar, os voos dobram, se o terminal triplicar, os voos triplicam“, fala Moure sobre o aeroporto da cidade.

Comunicação/MCZ/Sineaa/2024

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